RONCO
RONCO
30% da população brasileira sofre com apneia do sono , veja
formas de tratar o ronco comum ou aquele que acompanha um problema sério
Aquela desafinada sinfonia noturna que incomoda o
companheiro de colchão precisa ser investigada e ter uma hora para acabar.
Roncar, em alguns casos, pode ser uma condição do organismo que não carrega
junto problemas sérios.Mas o ruído que perturba tanta gente pode, no entanto,
apontar um problema mais sério como a apneia do sono, que atinge 30% da
população, de acordo com o Instituto do Sono ligado à Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp). Ela, sim, é séria e deve ser tratada com prioridade.
Aparelhos, cirurgias e outras técnicas podem acabar com
aquele ronco que incomoda quem dorme junto
O ronco, explica o especialista em ronco e implantes
dentários Sidnei Goldmann, é um ruído provocado pelo estreitamento das vias
respiratórias superiores durante o sono. “O ronco é normal quando a pessoa
deita de barriga para cima, pois há um relaxamento do dorso da língua e da
musculatura. Há uma vibração nessa região, na laringe e úvula, causando o
barulho específico”.Barulho que acorda o parceiro durante a noite e causa
cansaço, já que a pessoa não dorme bem, deixando o indivíduo mal-humorado
durante o dia e com déficit de atenção, segundo Goldmann. Pelo fato de não
dormir profundamente por ser atrapalhado com o próprio ronco – ou o alheio –, o
sono aparece forte durante o dia.
A causa do ronco pode ser a flacidez nos músculos da
garganta, uma amigdalite, as adenoides muito grandes, o desvio de septo,
pólipos no nariz, sinusite, obstrução nasal, além de também ser causado pela
obesidade.
A obesidade aumenta a quantidade de gordura na região do
pescoço e, quando a pessoa relaxa a língua quando dorme, essa gordura a mais
faz aumentar a vibração na hora de respirar. E o ronco vem.Segundo o
otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Alfredo Lara, 70% dos roncos não são
problemas sérios. “É como se fosse uma ‘alteração estética’”, diz ele. Em
outros, explica ele, o ronco pode estar associado a problemas, e o mais comum
deles é a apneia do sono.

“A pessoa literalmente para de respirar por um tempo maior
que 10 segundos ou a concentração de oxigênio do sangue dela cai a um nível
problemático”, diz Lara. “Se ela faz isso até cinco vezes por hora, está bem,
mas mais que isso é um perigo”, alerta.
Para identificar esse problema do sono, é necessário fazer
um exame chamado polissonografia. Nesse exame, a pessoa dorme uma noite
totalmente monitorada por aparelhos que mostrarão se ela tem algum problema
relacionado ao sono. Para identificar esse problema do sono, é necessário fazer
um exame chamado polissonografia. Nesse exame, a pessoa dorme uma noite
totalmente monitorada por aparelhos que mostrarão se ela tem algum problema
relacionado ao sono.
O problema, porém, deve ser tratado. Essa interrupção do
sono vai causar uma sobrecarga no organismo e fazer com que a pessoa morra mais
cedo do que o normal.
“Acaba causando problemas cardíacos, hipertensão, distúrbios
do colesterol, diabetes, diminuição da testosterona e a pessoa pode falecer por
doença cardíaca de 7 a 13 anos mais cedo”, preocupa-se o médico.
“O paciente tem uma vida miserável e ainda pode morrer mais
cedo porque é privado de sono: vive cansado, distraído, com baixa produtividade
e nunca consegue descansar porque a porcentagem de sono profundo não é boa”.
Tratamento
Nem tudo está perdido para aquele que ronca ou quem convive
com um “roncador”. Para casos de roncos simples, há um “aparelho de ronco” que,
colocado na boca, aumenta o espaço da passagem de ar, impedindo a vibração.
Em 90% dos casos, esse aparelho é feito por dentistas, mas também
há médicos especializados em produzi-lo. Com um valor que varia entre R$ 2 mil
e R$ 3 mil, ele puxa a mandíbula para frente e a mantém assim durante o sono.
O aparelho, feito com silicone, é encaixado na arcada
dentária superior e inferior, puxando a mandíbula para frente e permitindo que
o canal de passagem de ar fique maior, evitando as vibrações que causam o
ruído.
Além disso, há as cirurgias nasais para desvio de septo,
tratamentos odontológicos, cirurgia da face – feita quando há algum tipo de
anormalidade no maxilar ou mandíbula –, e o CPAP, que, segundo o médico, é o
padrão-ouro no tratamento.
O CPAP é uma sigla para “Pressão positiva contínua nas vias
áreas”, um aparelho portátil em que, ligado ao nariz do paciente, fornece ar
com uma certa pressão durante toda a noite. Com isso, ele trata a apneia do
sono – o paciente não ficará mais do que 10 segundos sem respirar – e também
trata o ruído do ronco.
Procurar um médico é fundamental para escolher o melhor
tratamento e, no caso da apneia, também prolongar a vida.
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Fonte: Saúde - iG @
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