Gastrite
Gastrite:
o que é, causas, sintomas, tratamento e alimentação adequada
Saiba o que é bom para evitar e combater essa doença, responsável por
provocar queimação no estômago e outros problemas.
A dor e a queimação, sintomas típicos da gastrite, são consequência de uma inflamação nas paredes internas
do estômago. E qual a causa disso? Pesquisas mostraram que a maioria dos
episódios desse problema é provocado por uma bactéria, a Helicobacter pylori. Esse micro-organismo se instala abaixo da camada de muco do
estômago e vai liberando a urease, uma enzima capaz de mudar o pH das áreas
próximas.
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Helicobacter pylori |
A multiplicação
desenfreada desse agente infeccioso gera uma reação inflamatória. Se as células
de defesa não conseguem conter o avanço, a mucosa que protege as paredes do
estômago é corroída – e o órgão então sofre diretamente a ação do ácido
gástrico, dando origem à ardência. A H. pylori pode
contaminar água e alimentos, mas o principal meio de transmissão é de pessoa
para pessoa. Ainda assim o fato é que muita gente carrega esse inimigo, mas não
sofre com suas consequências.
Alguns
fatores, ou uma associação deles, também desencadeiam a irritação: alimentaçãoinadequada, abuso de remédios (sobretudo anti-inflamatórios), e
consumo exagerado de bebida alcoólica. O estresse é
outro componente importante na origem das crises de gastrite: em situações de
tensão, nosso organismo aumenta a liberação de cortisol e de adrenalina,
hormônios que, por sua vez, elevam a fabricação de ácido pelo estômago.
Sinais e sintomas
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Dor de barriga
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Sensação de queimação no estômago
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Enjoo
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Falta de apetite
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–
Perda de peso
Fatores de risco
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Predisposição genética
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Consumo excessivo de alimentos gordurosos e ácidos
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–
Abuso de anti-inflamatórios
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Estresse
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–
Consumo exagerado de bebida alcoólica
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–
Ingestão excessiva de itens com cafeína
– Tabagismo
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– Doençade Crohn
A
Prevenção e a Alimentação
Diminuir o consumo de alimentos que aumentam a
acidez do estômago, como comidas picantes, álcool e café, é o caminho
indicado para atenuar o ataque às paredes do estômago. Alimentos mais
gordurosos, que exigem mais quantidade de ácido para serem digeridos, também
entram na lista dos desencadeadores da gastrite. Cuidado também com o leite
puro, que estimula a secreção de suco gástrico.
Só
tenha em mente que, dependendo da severidade, do tempo sem crise e de questões
individuais, é possível ingerir esses alimentos com moderação. Discuta isso com
um profissional de saúde.
Ficar
muito tempo em jejum é outro perigo. Sem alimentos na barriga, o ácido gástrico
se acumula e começa a lesionar o estômago. Vale, portanto, fracionar as
refeições. E comer devagar. A mastigação, como primeira fase da digestão, poupa
os esforços do estômago.
Além
disso, quem fuma tem mais este motivo para tentar abandonar o cigarro. O vício
aumenta a produção de ácido no estômago e, dessa forma, favorece a queimação.
Por
fim, fuja da automedicação: o uso de anti-inflamatórios sem receita e sem as
devidas orientações do médico também contribui para o aparecimento das crises
estomacais.
O
diagnóstico
Sentir
dores no estômago uma vez ou outra não significa que a pessoa tem gastrite.
Agora, se os sintomas se arrastam por duas semanas, é melhor consultar um
gastroenterologista.
O médico irá
solicitar a realização de uma endoscopia.
Nesse exame, feito com o paciente sob efeito de sedativo, uma microcâmera desce
pela boca até o estômago, e as imagens registradas mostram se há inflamação na
mucosa do órgão.
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Endoscopia |
Para confirmar se o
problema foi causado pela bactéria H. pylori, durante
a endoscopia é feita uma biópsia. A análise do material revela se o
micro-organismo está alojado por ali.
O
tratamento
Controlar
a alimentação é fundamental para aliviar o mal-estar digestivo, mas nem sempre
uma dieta equilibrada basta. Para combater a inflamação já instalada, o médico
pode receitar antibióticos, além de antiácidos para atenuar os sintomas.
Nos casos em que a H.
Pylori é a causa da gastrite, às vezes só um revezamento de
antibióticos consegue dar fim ao problema. Isso porque essa bactéria é
muito resistente.
Ao término do
tratamento, o especialista pode recomendar outro exame para confirmar se
o micro-organismo foi eliminado de vez. Esse teste detecta a presença a H.
Pylori pelo ar expelido dos pulmões. Se o resultado der
negativo, significa que foi exterminada. Caso contrário, é preciso tomar novas
medidas contra ela.
Ao longo do
tratamento, é preciso ficar longe de determinados alimentos. Até que a
regeneração do estômago seja completa, deve-se evitar refrigerantes,
águas gasosas e sucos cítricos. Chocolates, balas e doces
também ficam de fora do cardápio – o açúcar fermenta
na barriga e, para piorar, estimula a liberação de ácido clorídrico.
Uma
vez que a causa da gastrite sai de cena, seja ela qual for, a pessoa fica
curada em no máximo três semanas. Esse é o prazo necessário para o estômago
recuperar suas rugosidades naturais, destruídas pela agressão.
Por Chloé Pinheiro e Goretti Tenorio /Fonte:Revista
Saúde
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